Em Setembro último, passou meio século sobre a morte de André Breton. Não evoquei a data, porque sendo admirador confesso do surrealismo, abomino no que posteriormente se tornou. Aquele culto de quem é ou não é surrealista, levou a purgas e inquéritos género GPU, ou seja stalinismo à séria. Li o 1.º e o 2.º Manifesto do Surrealismo, mas de toda a obra do médico-psiquiatra, tenho para comigo que um livro marcou a sua vida para sempre. Nadja. A história de uma Mulher que louca nasceu, e assim morreu. Ali se mistura a realidade e o sonho, e não valem as palavras, mas sim os silêncios. Lembrei-me hoje do poeta multifacetado, porque de Inglaterra, enviaram-me este auto-retrato (creio que desconhecido) do jovem surrealista, testando não só o absinto, mas porventura a hipnose, ou outras falas das gavetas. No ano de 1920, muito iria acontecer. Bons velhos tempos.