28 de fevereiro de 2010

COISAS DE DOMINGO (1)

Detalhe(s) da noite: SCP 3 - FCP 0 - mas atenção, até ao próximo dia 09/05 o derrotado de hoje é campeão.

COISAS DE DOMINGO

"A vítima é prevenida da sua morte pelo cozinheiro. Não exactamente pelo cozinheiro, mas por Herman Pennik, telepata, que também se revelou um magnífico cozinheiro na falta do pessoal da casa que sofrera um acidente de automóvel. Seja como for, Pennik observou que não valia a pena pôr a mesa para um homem que não estaria vivo à hora do jantar e, tal como previra, a mesa foi posta apenas para cinco pessoas quando havia seis para jantar. Mas um já não precisava mais de comer... E o leitor é prevenido de que há, pelo menos, três maneiras de matar um homem sem deixar qualquer sinal, interno ou externo, do modo como foi assassinado."
Fonte:Wook

26 de fevereiro de 2010

O PIANISTA

Minimalismos:Polaco, compositor, pianista, e genial.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chopin

25 de fevereiro de 2010

PORTUGUÊS SUAVE


PERGUNTA(S):

Porque é que será, que se diz - "O Rei Eusébio" - e não, O Presidente Eusébio?

OUTRAS MÚSICAS

"Blue Wild Angel" - Jimi Hendrix live at the Isle de Wight, 2002 MCA Records.

UM LIVRO

"O Siciliano" - Mario Puzo, Biblioteca de Bolso Dom Quixote, Lisboa 1986;

24 de fevereiro de 2010

OUTROS OLHARES

«Convite à valsa», Columbano Bordalo Pinheiro, final do Séc.XIX

22 de fevereiro de 2010

21 de fevereiro de 2010

COISAS DE DOMINGO (1)

DETALHE: FCP 5 - SCB 1

COISAS DE DOMINGO

Evan Hunter foi um escritor de romances policiais de enorme sucesso, mas também um romancista do chamado «realismo negro» - leia-se, Sementes de Violência - a América profunda na década de 50.
Hunter deu vida a um pseudónimo, Ed McBain e com ele, a uma série de tremendo sucesso: "O 87º. Distrito Policial".
Histórias do crime e das suas investigações, onde ficamos a conhecer o "mundo McBaineano" dos detectives à paisana: Steve Carella, Kling Meyer, Cotton Hawes e Arthur Brown. Heróis anónimos que desenvolvem as investigações na base da meticulosidade, essa imensa paciência, hoje conhecida globalmente como «perícia criminal».
A escrita de Ed McBain, revela-nos assim o quotidiano destes super detectives. As rotinas, a profissão, os azares, as paixões, os sorrisos, mas também as alegrias de servir causas comuns.
Ficam alguns dos livros que nos falam destes detectives à paisana: "Os crimes do relâmpago"; "Ódio mortal"; "Bófia"; "O quebra-cabeças"; "A casa dos encontros suspeitos"; "Vingança brutal".

20 de fevereiro de 2010

PORTUGUÊS SUAVE

(EX)CITAÇÕES
«Mas, o país é, na realidade, monárquico? Se o país é monárquico, porque falham todas as tentativas de incursão? E porque falham da mesma forma todas as tentativas cá dentro, até à última aventura da Traulitânia, com o Norte sublevado? Se o país fosse monárquico, a república já não existia. Bastava um sopro para a derrubar.É que o país não é monárquico. Há uma minoria monárquica, capaz de sofrer e de morrer, como há a gente de Lisboa e Porto republicana, disposta a todos os sacrifícios. A grande massa inerte adapta-se a todos os regimes – a D. Miguel, rei absoluto, ou a D. Manuel, rei constitucional, à república com Deus ou à república com o diabo – molda-se a todas as aventuras que triunfem. Pior, meu Deus, pior! O país é egoísta, e a gente viva de Lisboa e Porto, capaz de morrer nas ruas, essa é inteiramente republicana. Talvez quem tenha razão seja Junqueiro, quando diz (1919): - o país para o que está preparado é para um saque! – Com que conta esta gente do passado? Frustradas as tentativas de incursão armada – como era de prever – adoptou outro processo, que gorou dum dia para o outro, porque Couceiro, mais uma vez, como soldado irrequieto, deu o golpe inesperado da Traulitânia.»Fonte:BRANDÃO, Raúl – Memórias (tomo III). Obras completas, vol. I. Lisboa: Relógio D’Agua, 2000, p. 57-58

19 de fevereiro de 2010

OUTROS OLHARES

Gustave Courbet (Proudhon et ses enfants) 1865

17 de fevereiro de 2010

LIGA DOS CAMPEÕES

O Futebol Clube do Porto regressou à Liga dos Campeões. É um palco especial para as equipas de futebol, mas também o território onde os melhores imperam. Daí que o FCP seja um quase residente neste particular e ainda bem. Ganha o país, ganha uma cidade, ganham os adeptos que gostam de bom futebol. Portugal tem sido muito bem representado na Champions.
O jogo de hoje contra o Arsenal, revelou de novo o que sabemos. O resultado é curto, mas o Porto fez uma segunda parte a jogar «à inglesa». Sem medo, passe curto, e em cima do adversário. Diga-se que foi um jogo onde imperou também o «golpe de asa». Até nisso, o Porto foi feliz. A sorte como sabemos, corre (muitas vezes) a favor dos audazes.

AO ACASO

Nesta manhã de quarta-feira "descobri" ao acaso este vídeo. Não resisti a ouvir a voz de Amália, e os arranjos de Alain Oulman. Muito do que somos (re)encontramos nestes preciosos minutos. A voz da Diva que se arrasta entre o Fado e o Flamenco. As palavras soam como familiares. Depois o piano. Aquelas teclas repercutem poesia, mas impressionou-me sobretudo o olhar. A imensa ternura. É a chave para que se perceba, como estas duas personagens mudaram para sempre, a história do Fado. Gostei de cruzar o começo desta 4ª. feira, com as teclas do computador. Recordou-me outras histórias. A rádio. Essa permanente descoberta, e como me cruzei com alguém que sem (então) o saber, nos muda para sempre a vida. Ao acaso pois claro, mas com muita música, e palavras pelo meio.

16 de fevereiro de 2010

15 de fevereiro de 2010

"Foot Ball Club do Porto"

"Catulo Gadda tinha sido um bom jogador num dos principais clubes de Itália – e quando deu o primeiro pontapé deixou toda a gente boquiaberta: «a bola atravessara o campo no seu máximo comprimento». Logo ali assinou proposta, ficou a fazer parte do Grupo do Destino. Monteiro da Costa achou que o Grupo do Destino era pequeno para o sonho que desatara, que era hora de clube que « não se confundisse apenas com um grupo de rapazes bem dispostos, na fronteira da folia ou da libertinagem» – e decidiu: «O nosso futuro clube deve chamar-se Foot Ball Club do Porto, por os seus fundadores serem na sua quase totalidade tripeiros natos, a sua sede na cidade do Porto e o principal desporto a que se vai dedicar – o futebol.» Porém, como outros desportos, conforme o seu projecto, seriam praticados, tratou de acrescentar à denominação duas mais abrangentes palavras: Sociedade Desportiva. Que sim, disseram, sem pestanejar, todos os outros. Estranho foi que sendo Monteiro da Costa, republicano nunca disfarçado, anunciasse que as cores do clube seriam as da «bandeira da Pátria» – azul e branco, como nos dias de António Nicolau de Almeida. Houve quem replicasse – e sugerisse as da cidade. Sugestivo, Monteiro da Costa ripostou – que não, que seriam as bandeira porque «tinha esperança de que o futuro clube havia de ser grande, não se limitando a defender o bom-nome da cidade, mas também o de Portugal em pugnas desportivas contra estrangeiros». E assim aprovado, entre aplausos ruidosos, todo o «grandioso projecto» de José Monteiro da Costa. E com os fundos recolhidos pelo Grupo do Destino para a participação com um carro alegórico no cortejo de Carnaval do Clube dos Fenianos financiaram-se as despesas de lançamento do FC Porto, Sociedade Desportiva – e sobretudo com isso se fez no Campo da Rainha o primeiro relvado que houve no futebol português. E ao FC Porto coube igualmente o primeiro desafio contra equipa estrangeira: o Real Fortuna de Vigo – o que se perdeu na usura do tempo foi o resultado desse primeiro jogo…"
Fonte:Causa Monárquica.

14 de fevereiro de 2010

COISAS DE DOMINGO

"Neste clássico da literatura policial, o detective Philip Marlowe é incumbido de esclarecer o mistério do desaparecimento da mulher de um homem de negócios.Na sua busca para a encontrar, depara com cadáveres, polícias corruptos e mulheres perversas.Raymond Chandler agarra o leitor pelos diálogos espantosos, enredo surpreendente e personagens inesquecíveis. O livro é engenhoso e permite diversos níveis de interpretação, como narrativa de mistério e com uma complexidade feita de múltiplos simbolismos."
In Chandler, Raymond - A DAMA DO LAGO, Colecção Lipton, Mestres Policiais. Biblioteca Visão, 2001.

13 de fevereiro de 2010

10 de fevereiro de 2010

OUTROS OLHARES

"Auto-retrato com modelo" (1910) Ernst Kirchner.

9 de fevereiro de 2010

8 de fevereiro de 2010

PALAVRAS ESCRITAS

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-los.»
Alexandre Herculano

7 de fevereiro de 2010

COISAS DE DOMINGO

"Como uma maldição, a antiga lenda do cão dos Baskervilles, datada de 1742, persistira na história da família durante gerações. A misteriosa morte de Sir Charles, nas imediações da Mansão Baskerville, leva Sherlock Holmes a iniciar a investigação de um dos seus mais famosos e intrigantes casos, na fantasmagórica e selvagem charneca do Devon.
Depois de ter "morto" Sherlock Holmes, o seu criador, Conan Doyle, é perseguido e apupado durante anos por milhares de leitores das aventuras do imortal detective. E, pressionado pelo seu editor da Strand Magazine, acaba por escrever a mais conhecida aventura de Sherlock Holmes e do Dr. Watson — O Cão dos Baskervilles.
É assim que, nove anos após a publicação de "O Problema Final", Doyle publica na Strand Magazine, entre 1901 e 1902, aquela que viria a ser a sua obra mais adaptada para cinema, televisão e rádio, situando-a cronologicamente antes da luta fatal com o Professor Moriarty. Novamente, o ilustrador é o talentoso Sidney Paget."
Fonte:Alfarrabista.com

6 de fevereiro de 2010

PORTUGUÊS SUAVE


(EX)CITAÇÕES
"A grande revolução, meu caro, só pode ser uma revolução moral, e essa não se faz dum dia para o outro, nem se decreta nas espeluncas fumosas das conspirações, e sobretudo não se prepara com publicações rancorosas de espírito estreitíssimo e ermas da menos ideia prática. Quando nós virmos o Peniche e o Valadares, e o Teófilo e o Bonança ministros duma revolução compreenderemos tudo isto…Mas alto! Isto não é artigo de fundo!"
Fonte:carta de Antero, dirigida a João Lobo de Moura, íntimo amigo do poeta.
OUTRAS CONVERSAS
"Os republicanos de há cem anos diziam querer promover a igualdade em torno do acesso dos cidadãos à saúde, à educação e à justiça. Não é preciso ser visionário para perceber como estamos longe dos objectivos, não é preciso ser muito exigente para perceber que meio país anda enrolado em comemorações de um regime consideravelmente falhado – e nem digo nada da pouca vergonha da política que por aí se faz…"
Fonte:A Esquina do Rio
UM LIVRO
"VIAGEM SOLITÁRIA NO MEU SÉCULO" - Roger Garaudy, Bertrand Editora, Dezº.1990;
OUTRAS MÚSICAS, jazz em Long Play
"ROUND MIDNIGHT" inspired by the motion picture, Lotus 1986;

5 de fevereiro de 2010

4 de fevereiro de 2010

OUTROS OLHARES

"After the bath" (1908) Joaquim Sorolla y Bastida

2 de fevereiro de 2010

TAÇA DE PORTUGAL

Na noite de hoje, jogou-se «taça de Portugal». É caso para dizer que bem. Não escrevo estas linhas por o Futebol Clube do Porto ter ganho. Gostei de ver sobretudo, futebol. Foi como abrir uma garrafa de um velho vinho do Porto "vintage". O resultado não importa tanto. Reafirmo, importante foi provar o néctar dos Deuses. Porto! Porto! Certamente que o deus Baco sorriu perante tamanha oferta.

1 de fevereiro de 2010

PALAVRAS ESCRITAS

Retrato de Antero de Quental (Óleo de Domingos Rebelo)

"Meu caro Lobo – Pensei que me ia anunciar a sua estada em Lisboa e eis que me diz não saber ainda quando nem se será transferido. Gosto da resposta do Barjona: tem um merecimento aquele rapaz, que o distingue no meio dos seus sodales; é a franqueza no cinismo; creio que por isso ficará na história do constitucionalismo português como uma espécie de M. de Calonne, sabe, aquele último e cinicamente espirituoso ministro de Luís XVI, que o Michelet nos descreve empurrando alegremente para o abismo a velha monarquia.
A independência de ordem jurídica no actual regime é uma coisa engraçadíssima. Mas quê, meu caro, o regime que está para vir, com a gente que o prepara, ainda nos há-de mostrar coisas mais bonitas. V. Faz lá a ideia dos republicanos portugueses! Tive ocasião de os tratar de perto este ano, e declaro-lhe que quase lhes fiquei preferindo o próprio Barros e Cunha, o próprio Melício, o próprio Santos Silva! Sabe V. Quem é que está hoje sendo um dos grandes repúblicos em Lisboa? Adivinhe… o Teófilo Braga! Redige um jornal intitulado O Rebate(traduza Le Rappel) em cujos artigos de fundo desenvolve o homem todos os recursos do estilo colhido nas antigas leituras do Piolho Viajante. Fala nesta choldra e outras amenidades de linguagem, e propõe-se enforcar toda a gente, começando desde já por enforcar a gramática, o senso comum e a decência. É uma espécie de Marat de soalheiro, que faz rir mas enoja, e enoja tanto mais quanto é lido, o que nos dá a medida da capacidade intelectual e moral do público republicano. Creio que teremos a República em Portugal, mais ano, menos ano; mas, francamente, não o desejo, a não ser num ponto de vista todo pessoal, como espectáculo e ensino. Falam de Espanha com desdém – e há de quê – mas eles, os briosos portugueses, estão destinados a dar ao mundo um espectáculo republicano ainda mais curioso; se a república espanhola é de doidos, a nossa será de garotos.
A grande revolução, meu caro, só pode ser uma revolução moral, e essa não se faz dum dia para o outro, nem se decreta nas espeluncas fumosas das conspirações, e sobretudo não se prepara com publicações rancorosas de espírito estreitíssimo e ermas da menos ideia prática. Quando nós virmos o Peniche e o Valadares, e o Teófilo e o Bonança ministros duma revolução compreenderemos tudo isto…Mas alto! Isto não é artigo de fundo!"
Fonte:carta de Antero, dirigida a João Lobo de Moura, íntimo amigo do poeta.