30 de setembro de 2009

ANTOLOGIAS

Uma alegria na noite de hoje. O Futebol Clube do Porto ganhou o jogo com o Atlético de Madrid. É importante amealhar "pontos" na Champions Ligue. Somam-se euros (muitos) ao prestígio, e nisso o FCP sabe ao que vai. Antológico foi o golo do avançado Falcão. Recordou-me o calcanhar de Rabat Madger e o k.o. ao Bayern de Munique. Porto Vintage de ontem e sempre.

VAZIOS

Confesso que não tenho "mão" para a política. Sorte a minha. Mas como tenho ideias (próprias) sempre terei de dizer que acabei de ver uma sessão de "jogos florais". Vou directo ao assunto. Não acredito na isenção do Presidente da República. O posicionamento da Presidência mudou após a eleição da Dr.ª. Manuela Ferreira Leite, para líder do P.S.D. A tentação passou por cima da amizade. Julguei que o Drº. Cavaco Silva não se havia esquecido do relacionamento - aquando do segundo mandado - com o Drº. Soares, enquanto Presidente. Pelos vistos não tomou a sério a lição. Tinha obrigação, mas também o dever em nome da "ética" republicana, de hoje não ter levado ao palco semelhante papel.
Na próxima semana Portugal comemora uma data. Alguns dizem que simbólica. Infelizmente decorre quase um século sem Monarquia. Não existe lugar a mais pressupostos. O pano caiu em definitivo neste regime.

28 de setembro de 2009

"MÁSCARA NEGRA"

Louis Frederick Nebel (1903-1966) foi um americano multifacetado. Trabalhou nas docas e nos carros eléctricos, foi agricultor e também marinheiro. De tanto ver e viver pensou pegar numa máquina de escrever. Tinha um desejo: ver as suas histórias não só em livros, mas também no cinema. Nessa época fundou uma escola literária - a Máscara Negra - e trouxe para junto de si Dashiell Hammett e Caroll John Daly. As histórias da "Black Mask" marcaram um tempo e ligaram para sempre o realismo negro ao cinema. Na verdade, Nebel Lewis ou ainda Eric Lewis foi um verdadeiro artesão da palavra, mas também da imagem.

27 de setembro de 2009

COISAS DE DOMINGO

A história conta-se por detalhes, mas também nos acasos. Stan Getz foi o visionário, e João Gilberto e António Carlos Jobim detinham o diamante. Eles sabiam perfeitamente a dimensão do que circulava em seu redor.
A revolução denominada de "Bossa Nova" acabaria por adoptar uma cantora "não profissional" - casada com João Gilberto.
Astrud Gilberto ou Astrud Evangeline Weinert ficaria para todo o sempre como "The Girl from Ipanema". Tudo isto tornou-se possível porque Stan Getz era na verdade também genial. Ele viu mais longe. Esteve no local certo, no tempo certo.
Anos mais tarde, Astrud Gilberto reparou também noutro saxofonista. Stanley Turrentine ou "Mr Sugar" vinha dos Blues e Rhythm and Blues. Somara no percurso musical as vivências - do face to face - com Shirley Scott a "Rainha do orgão" mas também projectos musicais com Jimmy Smith/ Milt Jackson/ Ron Carter / Eric Gale.
A década de 70 foi o período do verdadeiro estágio da chamada "fusion" e desta forma o jazz e o samba voltaram superiormente a reencontrar-se.
"Gilberto with Turrentine" foi a possibilidade de reunir em torno dessa tremenda "mistura" génios como Eumir Deodato/Ron Carter/ Toots Thilemans e Airto Moreira. Esta foi sem dúvida a melhor das melhores "colheitas" de 1973. Astrud Gilberto e Stanley Turrentine para isso contribuiram.

25 de setembro de 2009

OUTROS OLHARES

"O Salto" - Jorge Sistelo

23 de setembro de 2009

21 de setembro de 2009

"PRIVATE INVESTIGATIONS"

Quantas vezes o havia feito. Olhar o espaço outrora de outra pessoa. Tentar perceber o que ali se passou. Um mundo por descobrir onde segredos se escondiam. Era quase sempre assim. Olhar atento às provas, até porque não existem crimes perfeitos. Apenas minúcias. Outros tiram fotografias, mas também impressões digitais. Revolvem muita coisa. Procura-se a intimidade, mas também um fio condutor. Gosta sobretudo de caminhar pelos espaços. Apalpar o passado. Investigar um suposto crime pressupõe calcular o tempo, mas também o momento. Na sala, reparou no velho "long play". Sentou-se. Ao fazer uma vénia, chamou o Lopes, disse-lhe «tira aí um grande plano. Preciso dessa foto ainda para hoje». Horas depois, no descanso de casa esboçou um leve sorriso. Estes dois presenciaram tudo. Eram as verdadeiras testemunhas de um Crime.

20 de setembro de 2009

COISAS DE DOMINGO

Melody Gardot - Filadélfia, Pensilvânia.

Melody Gardot é acima de tudo uma sobrevivente. Vítima de um grave acidente de viação transformou a sua convalescência em estágio musical. A música como terapia. O resultado não poderia ser melhor. Compositora de jazz/blues e de folk - apenas alguns dos roteiros da música popular afro e anglo-americana.
Percebe-se bem o porquê desta "descoberta" de Herbie Hancock. Melody (en)canta através de uma voz muito bela, soma-lhe ainda um jeito particular nas guitarras, mas também no piano. O extremo bom gosto, é o acréscimo de tudo isto.

18 de setembro de 2009

LEITURAS

Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa.» «Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.
Fonte:Wikipédia.

17 de setembro de 2009

MÁS CÓMPLICES

Añadidos (...) nuevos blogs en la lista de cómplices,

Leandroontheroad

16 de setembro de 2009

OUTROS OLHARES

A Casa das Persianas Azuis - (1883?) - Henrique Pousão

14 de setembro de 2009

OUTRAS MÚSICAS


É um disco fascinante. Faz a ponte entre a tradição e a modernidade. Maria Rita canta e encanta. Confirma um ditado popular. "Quem sai aos seus não degenera". Soma-lhe ainda um sorriso algo escondido. Depois de se ouvir a primeira faixa do cd - "Tá Perdoado" - percebe-se muito mais. Samba e golpe de asa não lhe falta. Beleza também não.

13 de setembro de 2009

COISAS DE DOMINGO

São eternamente a minha banda. Metade do Canadá outra metade Americanos, aliás como convém. Foi um grupo musical de territórios fronteiriços, e nunca necessitaram de líderes. Outra das minhas simpatias. Disseram-se sempre do Sul. O velho Oeste, e os Blues. Até na forma de vestir foram diferentes. Usavam roupas normais. Modificaram para sempre as sonoridades do rock and rool. Somaram-lhe os Blues. Com estes "bons rapazes" vieram outros: Neil Young, Eric Clapton, Van Morrison, Joni Mitchell e Ron Wood. Foram durante muitos anos a banda de suporte de Bob Dylan. Pessoalmente creio que foi o contrário. Bob Dylan teve a sorte de ter tocado com os The Band. Por mim - "The Last Waltz" continua.

11 de setembro de 2009

O REGRESSO

"Os restos mortais de Jorge de Sena são, esta sexta-feira, trasladados para o cemitério dos Prazeres em Lisboa. A cerimónia acontece 30 anos depois da morte do escritor nos Estados Unidos e cumpre um desejo regressar à pátria."
Fonte:TSF.

Cumpre-se um desejo e também um gesto de Estado. Jorge de Sena foi um "cometa" que por aqui passou. Esteve sempre longe e perto de um país que adorava. Teve alegrias e desgostos, muitos. Hoje um Portugal anónimo presta-lhe essa homenagem. Alguns amigos marcam presença. É bom que assim seja. Sena não gostava de hipocrisias. É o regresso de um poeta que desejou ser Rei. Bem vindo.


PORTUGUÊS SUAVE


(EX)CITAÇÕES
"São boas notícias: de 2001 até hoje, ‘Crime e Castigo’, o grande clássico de Fiodor Dostoievski (edição Presença), traduzido do russo por Nina Guerra e Filipe Guerra, já vai em sete edições. Acaba de sair a mais recente. Parabéns."
Fonte:Crónicas de Francisco José Viegas;
OUTRAS CONVERSAS
«Acabo de pasar unas semanas, con todas mis defensas críticas de lector arrasadas por la fuerza ciclónica de una historia, leyendo los tres voluminosos tomos de Millennium, unas 2.100 páginas, la trilogía de Stieg Larsson, con la felicidad y la excitación febril con que de niño y adolescente leí la serie de Dumas sobre los mosqueteros o las novelas de Dickens y de Victor Hugo, preguntándome a cada vuelta de página “¿Y ahora qué, qué va a pasar?” y demorando la lectura por la angustia premonitoria de saber que aquella historia se iba a terminar pronto sumiéndome en la orfandad. ¿Qué mejor prueba que la novela es el género impuro por excelencia, el que nunca alcanzará la perfección que puede llegar a tener la poesía? Por eso es posible que una novela sea formalmente imperfecta, y, al mismo tiempo, excepcional. Comprendo que a millones de lectores en el mundo entero les haya ocurrido, les esté ocurriendo y les vaya a ocurrir lo mismo que a mí y sólo deploro que su autor, ese infortunado escribidor sueco, Stieg Larsson, se muriera antes de saber la fantástica hazaña narrativa que había realizado.»
Fonte:El País - O elogio de Stieg Larsson, por Vargas Llosa.
UM LIVRO
"Henrique Pousão" - Bernardo Pinto de Almeida, Assírio & Alvim - 1999;
OUTRAS MÚSICAS EM CD
"LIVE IN EUROPE" - RORY GALLAGHER - BMG 1999;

9 de setembro de 2009

PHILIP MARLOWE

«Há já algum tempo que sou detective particular com carteira profissional. Sou um lobo solitário, solteiro, não sou rico e estou a chegar à meia-idade. Já fui dentro mais do que uma vez e não trato de casos de divórcio. Gosto de beber e de mulheres, de xadrez e de algumas outras coisas. Os chuis não simpatizam muito comigo, mas conheço alguns com que me dou bem. Nasci em Santa Rosa, os meus pais morreram, não tenho irmãos nem irmãs, e se acontecer ser liquidado num beco escuro - como pode acontecer a qualquer um na minha profissão - ninguém sentirá que o chão lhe fugiu debaixo dos pés.» Philip Marlowe por Raymond Chandler.

7 de setembro de 2009

OUTROS OLHARES

José Tagarro (Cartaxo, 1901-1931)

6 de setembro de 2009

4 de setembro de 2009

CHICAGO BLUES

Os Blues de Chicago são fortemente influenciados pelas culturas urbanas. Por vezes até se podem confundir com uma certa sonoridade do rock. Somaram ao som do Delta Blues os instrumentos eléctricos. Foram fruto das grandes migrações do Sul para o Norte onde imperam as cidades industriais. Essas marcas foram impostas ao longo de décadas, por super músicos e também guitarristas. É o caso dos King - BB e Freddie - mas também de Magic Sam.
West Side Blues do guitarrista VERNON RAY HARRINGTON é o continuar da saga. Blues urbanos mas com origens nos coros da igreja do Reverendo Houston H. Harrington. É um trabalho em torno de memórias. Também a prova de que por vezes, a grande cidade promove bons encontros. Os Blues do meu bairro.

2 de setembro de 2009

"BARONESA DO CRIME"

Ela não é só a maior autora de mistério. A inglesa Phyllis Dorothy, de 89 anos completados em 3 de Janeiro, é responsável – ao lado do belga Georges Simenon - por ter elevado o romance policial à condição de arte. Em 1991, ela recebeu o título de baronesa de Holland Park. E a crítica passou a chamá-la de “baronesa do crime”.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com