29 de fevereiro de 2016

Um escritor bestseller


Hoje numa livraria apresentaram-me um "escritor campeão de vendas". Estava bem disposto, e ri-me. Depois nas calmas lá fui dizendo «por estes lados (Portugal) para um pensador ser "campeão de vendas" é necessário ter morrido, e as editoras quererem despachar o que têm no armazém...caríssima sou do tempo que em Santarém havia argonautas, e um livreiro de nome Castela. Boas vendas! » E desta forma fiquei a saber que o saudoso Umberto Eco é bestseller!!

27 de fevereiro de 2016

Respirar


«um dia abalei. Não podia mais (...) Precisava de sonho, deuses, de me intimidar com a verdade narrada pelas pedras.» - UM ADEUS AOS DEUSES, Ruben A. - Assírio & Alvim, 2010.

26 de fevereiro de 2016

Futebolada

FC Porto/Borússia Dortmund
Sou um adepto céptico de um Porto despovoado de carácter, normalizado pela incúria, descaracterizado de passado e valores. O que ontem se viu não foi mau, é o continuar de uma saga. Aquilo parece um pombal franchisado, onde as aves debicam uns grãos de bico e rumam sem arrulhar a outras paragens. Vulgaridade total, qual começo desde logo derrotado, ausência total de estratégia para virar resultados. Aquilo fede a frete! Porto franchising, Não Obrigado!

25 de fevereiro de 2016

Em português (muito) suave


No outro dia, um casal almoçava na mesa do lado. Meteram conversa e falaram dos filhos, «passam as refeições a olhar para a televisão e a teclar no iphone». Continuei a ouvir o queixume, «perdemos o controle à situação, não sabemos o que vai dentro daquelas cabeças.» Às tantas, e porque não desejei que ficassem com a ideia que falavam para um confessionário, argumentei, «uma das gatas que tenho em casa, - a mais jovem, todos as noites brinca comigo, pelo menos 30m. Jogamos à bola, ela abraça-me os braços e as mãos, comunicamos....fazemos daquilo um ritual» e a dupla de comensais foi ouvindo. Voltaram à carga com uma batalha perdida, «a educação dos filhos, a falta de tempo, a ausência de comunicação». Quando a partilha da mesa e converseta era interrompida com garfadas e degustação de um copo de vinho fui dizendo, «a questão é antiga, nós consentimos que as escolas, a televisão, o regime, viva sem a revolta do cidadão, ou seja - vivemos sem jornais, na ausência de uma educação para a cultura. A música, o velho Cinema, as histórias das religiões, a pintura, o hábito de ouvir os mais velhos, foi-se perdendo, consentidamente, somos impingidos.» Os meus parceiros de faca e garfo, acharam que a conversa derivara para a política, eles apenas, «queriam falar de um estranho vazio.» Na chegada do café e das despedidas, pediram desculpa por me tomarem tanto tempo de conversa, «ainda por cima ao almoço». Despedi-me dizendo o que por vezes digo, «Ser quase dono do tempo, é excelente».

19 de fevereiro de 2016

Pasquinadas & afins


Volto ao tema Televisão. Que dizer quando se abre um noticiário devassando os dramas e misérias humanas. Abomino. Que critério de serviço público - pão e circo no pior dos sentidos. Razão tinha o irascível Fialho de Almeida, quando escreveu, Os Jornalistas e outras Pasquinadas. Em cheio!


18 de fevereiro de 2016

Em português suave


Gosta que lhe telefonem logo de manhã cedo, e perguntem: «Tens malaguetas em azeite e alho?» depois avisam, «Vou grelhar um frango ao cafreal». A tudo isto responde, Esse coração nunca saiu de África, deves ter livros do Conrad na mesa de cabeceira.

14 de fevereiro de 2016

Clássicos policiários


"Samuel Dashiell Hammett (1894-1961), autor de vários livros tornados clássicos na história do romance negro norte-americano (...) foi detective da Agência Pinkerton durante oito anos. Neste romance de Joe Gores -  que obteria o prémio Edgar Award - vamos encontrá-lo exercendo essas funções em plena San Francisco dos finais dos anos 20, vivendo uma aventura que ele próprio poderia ter escrito.
Hammett foi adaptado ao cinema por Win Wenders, num filme de que Francis Ford Coppola produziu e que em breve passará nos écrans portugueses." Fonte: Série Negra 14, A Regra do Jogo, Edições, 1983. Nota: encontrado numa alfarrabista, em Campo de Ourique, Lisboa. 

13 de fevereiro de 2016

12 de fevereiro de 2016

Futebolada


Esta semana ouvi dizer que o Futebol Clube do Porto tinha uma final da Taça dos Campeões pela frente. Pensei para comigo, «é canja, porque o Porto ganha finais.» Não me enganei, o PORTO é PORTO!

Outros olhares

"Depois de um dia de trabalho"
Igor Popov, 1966. 

11 de fevereiro de 2016

9 de fevereiro de 2016

8 de fevereiro de 2016

Futebolada, Entrudos e Analogias

É sabido que o Glorioso Sport Lisboa e Benfica é detentor faz muitos anos de uma terrível maldição. Notem bem - ela existe, e foi um repto pela positiva, lançado pelo então treinador vitorioso, de nome Béla Guttman - “Sem mim, nem daqui há cem anos o Benfica conquistará uma taça continental.”
Sabemos que é verdade, quantas finais perdidas?! Imensas.
Suspeito que a SAD do meu FCP e mais grave, na pessoa do Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ignore (lamento meu) uma maldição pela negativa. Eu explico: no silêncio do balneário, e após ser bi-campeão nacional, o ex-treinador Vítor Pereira, terá pensado, e pior que tudo, explicitado para dentro da sua consciência, o seguinte: "como é possível uma equipa destas e sobrevalorizada, ser campeã!? Só comigo à frente do FCP."
O restante da história é por demais conhecida. Nos anos seguintes, foi fartar vilanagem de afamados jogadores, para o jovem Paulo Fonseca, também para um estagiário a treinador de futebol com o nome desconhecido de Julen Lopetegui Argote, e agora por fim José Peseiro, oriundo das Arábias, numa época que o petróleo está em baixa.
Eu comum e anónimo adepto do FCP, reconhecido em livro autografado como «o dragão do Sul» resolvo rápido esta outra tremenda e não menos estranha maldição. Custa menos que dois Ferraris, sendo que um vale tanto como um Fiat Uno com 32 anos de garagem (que me perdoe a marca Fiat detentora de óptimos automóveis). A solução é básica e de carácter. Pedir desculpa ao último treinador campeão pelo Futebol Clube do Porto. Fazer pelo seu regresso, chamar os B e os C e ainda os dos Dragões Sandinenses aos treinos no Olival - seja dia de jogo, feriado ou em férias, e garanto que na próxima época, festejo o ganho de Campeonato e Taças, no lugar de sempre, na boa mesa da Cozinha do Manel. Viva O Porto, carago!! Nota: só exijo ser numa terça-feira, porque é dia do afamado pato, quanto ao resto, que é muito, eu resolvo.





Intemporal(idades)


"Este é o primeiro romance de Jorge Amado, escrito quando ele tinha apenas dezoito anos. Publicado em 1931, faz um retrato crítico da imagem festiva e contraditória do Brasil, a partir do olhar do personagem Paulo Rigger, um brasileiro atormentado pela inquietação existencial que, após sete anos em Paris, regressa a um país com o qual não se identifica. Bem recebido pela crítica e pelo público, o livro aborda as questões de uma juventude plena de inquietude, numa ansiosa e mesmo angustiada busca de verdades e do sentido da vida. Trata-se, em suma, de um retrato geracional - tecido a partir das rondas de Paulo Rigger pelos círculos boémios e literários da cidade da Bahia, em inícios do século XX. No final, insatisfeito e desencantado, marcado por uma renúncia preconceituosa ao amor, que inesperadamente encontrara, e aturdido pelas contradições que o rodeiam, Rigger embarca, no porto do Rio de Janeiro, com destino à Europa. Leva consigo as suas dores, deixando para trás uma cidade alucinada pelos ritmos e brilhos do Carnaval.
Considerado subversivo, O País do Carnaval estava entre os livros de Jorge Amado que foram queimados em praça pública em Salvador, por determinação da polícia do Estado Novo, em 1937." Fonte: Wook.

7 de fevereiro de 2016

Entrudo(s)

Na Invicta não existia tradição carnavalesca. Passou a haver em termos de futebol não jogado, quando o resultado final é:  Arouca 2 - FCP 1. 

Clássicos do policiarismo


5 de fevereiro de 2016

Em português suave


"De vez em quando surgem nos jornais, rádios e televisões, uns ganapos politiqueiros, oriundos das jotas, ainda de fraldas (infelizmente sujas) e a berrarem palermices. 
Nos tempos do absolutismo monárquico, era permitido não só os bobos da corte - que tinham piada - como ainda uns sabidões, chamados de "oposição" (que se saiba paga pelo Rei) mas que dormia dentro dos Castelos/Paços junto de jovens e charmosas damas. 
Este é em definitivo, um regime de ganapos de fraldas a necessitarem de asseio, e na falta de afamados sabidões, proliferam alguns, que após um estágio de vida boa, passam noites de zelo para os lados da Gomes Freire.Bom Carnaval! "

Em português (muito) suave



4 de fevereiro de 2016

O regresso do inspector Jaime Ramos



"O cenário de um crime e uma mulher: que é um misto de insatisfação e independência. Ora é uma jovem em roda livre, entregue à noite do Porto, ora uma mãe condecorada com as divisas e medalhas da aristocracia inglesa que se deslumbra com o Douro. Uma mulher arrebatadora que é um romance rock’n’roll, uma estrada de pó, ou uma atleta olímpica cujo corpo não pede explicações. Um corpo sem vida no meio de uma livraria, limpo, entre romances - e Jaime Ramos lia romances, era uma vergonha -, ou uma mulher que espera o regresso do marido que não chega, o beijo de todos os dias, o cheiro do cigarro que lhe proibiu. Cinco histórias reunidas agora em livro pela primeira vez. A todas elas é comum a figura da mulher e todas são guiadas pela voz do inspetor Jaime Ramos, cujo olhar, pela mão de mestre de Francisco José Viegas, paira aqui como uma sombra, uma intromissão na vida interrompida, um vulto vigilante que se confunde com o fumo da cigarrilha ou do charuto. Um Jaime Ramos sozinho que conhece as mulheres e os homens demasiado bem." Fonte: Wook.