31 de março de 2010

30 de março de 2010

LEITURAS

"O romance esquadrinha uma realidade de manipulação com a qual convivemos como azeite e vinagre, tornando possível ao diabo infiltrar-se e operar numa procissão de tementes a Deus.
O Águia do Graveto apresenta personagens com uma mentalidade ganhadora, sempre que se trata de dinheiro.
Por entre a história perpassa o dedo manipulador do senhor F, um reputado empresário e dirigente desportivo, que nunca se dá a conhecer em discurso directo para preservar as aparências, mas que manipula todos os acontecimentos, em prol do graveto, que é o que o move."
Notas de Viagem: Uma sugestão (de leitura) de Jorge Nuno Pinto da Costa

28 de março de 2010

AZUL E BRANCO

Neste Domingo de ramos a «Cidade Branca» juntou-lhe o azul e branco. Não só porque "Os Belenenses" recebem o "Futebol Clube do Porto", como ainda a particularidade de ter acordado engalanada com a Bandeira da Monarquia, no Alto do Parque Eduardo Sétimo. Aos poucos faz-se o (re)encontro com a nossa história.

ALEXANDRE, PORTUGUÊS E CÉTICO

"Neste domingo serão assinalados os 200 anos do nascimento de Alexandre Herculano. Para uma ou duas gerações de portugueses, o nome de Herculano estará sempre ligado a Eurico, o Presbítero, lido nas escolas e escondido nas estantes. É pena. Alexandre Herculano foi um dos mais importantes pensadores portugueses, um cético em matéria política, um talento extraordinário como historiador. A sua obra e a sua mensagem nunca foram muito populares – e o retiro de Vale de Lobos, onde se recolheu, acaba por ser uma imagem recorrente dos desiludidos da política e dos homens. A vida portuguesa repete os falhanços e as falsas esperanças de há dois séculos e, por isso, convém estudar o século XIX e a obra de Herculano. Mudámos muito desde então, mas a sensação de catástrofe mantém-se."
Fonte:A Origem das Espécies.

26 de março de 2010

OUTROS OLHARES

"Natália Correia" - Artur Bual

25 de março de 2010

UM PORTO (MUITO) SUAVE

Taça de Portugal: Rio Ave 1 - FCP 3
"O hooligan está a dar voltas à cabeça, preparando o plantel do próximo ano. Primeira lista de dispensas: Tomás Costa, Valeri (não sei que te diga, Diego Hernán), Guarín (Ruben Micael já fez mais assistências do que o colombiano e só entrou a meio da época), Ernesto Farías (uma incógnita, vou esperar pelo jogo de logo à noite), Jorge Fucile, Mariano González (18 jogos, 1 golo, 13 remates, creio que 93 passes falhados), Bruno Alves (a vida é assim mesmo ou vais ter de ir ao tratamento) – e Hulk (eis um avançado que em 12 jogos, antes de ser suspenso, rematou 27 vezes e marcou 2 golos, um de penálti; o nome verdadeiro, Givanildo, também não ajuda), em podendo. Rolando marcou dois golos e dois auto-golos, é uma incógnita — mas, para um defesa de origem caboverdiana ter sofrido maior número de faltas do que as que cometeu, é um marco. Está em aberto, está em aberto."
Fonte: A Origem das Espécies.
Notas de viagem: Verifico que o hooligan - por ora - nada cogita, quanto aos destinos do «mister».Outro tema: as «trapalhadas» continuam. A Liga que prepare os cofres.

24 de março de 2010

22 de março de 2010

PARKER PYNE

Agatha Christie deu "vida" a vários detetives fictícios: Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, este último conhecido como o detetive do coração.
Preocupava-se sobretudo com a felicidade alheia, e esse era o seu lema: «Você é feliz? Se não for, procure o Sr. Parker Pyne, no n º 17 da Rua Richmond.»

21 de março de 2010

COISAS DE DOMINGO (1)

Detalhe(s): SLB 3 - FCP 0
«Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde.»Manuel António Pina
Não costumo ver os jogos de futebol. Prefiro ouvir pela telefonia, "sofro" menos quer nas vitórias, como nas derrotas do meu Porto. Hoje vi. Não me custa o FCP ter perdido. Desporto é isso mesmo. Perde-se, empata-se ou ganha-se. Sempre assim foi.
Na noite de hoje, fiquei com a sensação que apenas houve uma equipa em campo. Do Porto constatei: Uma defesa nervosa, sem meio campo, e Ramal Falcão sózinho correndo - contra os adversários, qual Quixote de la Mancha. Pobre Quixote.
Na 2ª. parte o FCP não fez uma jogada de golo, logo o SLB jogou sózinho. Pior que tudo isto, apenas que em cada substituição, o FCP piorou. Um Porto muito frouxo, sem estratégia, não jogando, e sem «banco». Começar de novo, e rápido. A invicta cidade e os adeptos nada disto merecem. Viva O Porto, Viva O Porto, Viva O Porto.

COISAS DE DOMINGO

"O seu trabalho é impar, absolutamente impecável. Caracteres, conjura, engenhosidade, nível literário, sonoridade, técnica, todos ali estão jogados com as exigências da melhor escrita do romance detectivesco, com a habilidade genial de despistar um leitor deixado sem fôlego até ao fim." Francis Iles – "SUNDAY TIMES"

20 de março de 2010

"PORTUGUÊS SUAVE"

Este ano comemora-se o centenário da república. Como é que encara esta efeméride?
"Acho bem que se comemore, acho bem que se homenageiem as pessoas que estavam dispostas a dar a vida pelos seus ideais, mas não acho bem que se gastem dez milhões de euros para celebrar uma data em que, no fundo, correu tudo mal. A I Republica foi desastrosa, como toda a gente sabe. De tal forma que, quando os militares derrubaram a I República, o país todo aplaudiu. A II República, tecnicamente, terá sido melhor, mas não havia democracia. Depois houve a terceira revolução militar, o 25 de Abril e finalmente chegámos a uma situação igual à que estávamos antes de 1910. A nossa constituição é semelhante, o nosso chefe de Estado actual tem mais ou menos os mesmos poderes que tinha o rei. Perdemos 100 anos. Se reparar, os militares do 25 de Abril não quiseram nenhuma identificação com a I República, e convidaram o PPM para fazer parte do Governo. Queriam mostrar claramente que era uma Republica nova, com novos ideais, e que não tinha nada a ver com, como eles diziam, os caixeiros bigodudos da altura da I República."
Fonte:D. Duarte Pio, Duque de Bragança, em entrevista ao grandeportoonline.pt

19 de março de 2010

POLICIAL SUAVE

"O lado trágico da existência de um repórter criminal. O brutal de uma aventura inconcebível narrada pela pena inconfundível de Luís Campos."

18 de março de 2010

OUTROS OLHARES

"Bailarico" - Mário Eloy Pereira (1900-1951)

16 de março de 2010

"SPECIAL ONE"

Detalhe: Inter 1 - Chelsea 0

José Mourinho abriu de novo o livro. Estratégia, técnica, conhecimento profundo do adversário, e acima de tudo o colectivo. Dir-se-á que o Inter de Milão teve alguma sorte. É normal porque só os audazes a têm. O "Special one" voltou em grande, ao Reino de Sua Majestado. Grande José.

15 de março de 2010

14 de março de 2010

COISAS DE DOMINGO

Ross Macdonald é o pseudónimo do escritor norte-americano Kenneth Millar. Escreveu sobretudo novela negra, e bem. Teve um percurso literário com várias sombras, das quais podemos mencionar não só a carreira fulgurante de Margareth Millar (sua companheira), mas também os «anos de ouro» de Dashiell Hammett e Raymond Chandler.
Javier Cercas, no blogue Pasen y lean http://javiercercas.blogspot.com/ escreveu o seguinte: "Es Chandler total, incluso de trama más compleja aún. La he leído un poco rápido y a veces me he sentido algo perdido (...) Los diálogos son bastante buenos. No se enfrenta a criminales sino a gente acomodada que ha tenido deslices en el pasado."
Por todas estas cumplicidades, Ross Macdonald faz parte das minhas Coisas de Domingo.

11 de março de 2010

BANQUEIRO E ANARQUISTA

Causa certa estranheza a ideia de que um banqueiro possa ser anarquista, imaginando-se talvez que seja um anarquista não praticante, ou que o seja na teoria, mas não na prática. O banqueiro retratado por Pessoa, contudo, considera toda a sua vida exemplificativa do verdadeiro anarquismo descrevendo como, desde jovem, foi resolvendo diversas contradições e dúvidas até chegar à “técnica do anarquista”.Concluirá o banqueiro que todos devem trabalhar para um mesmo fim, mas separados, de forma a não sucumbirem à pressão social, podendo tornar-se livres do dinheiro, da sua influência e força, através da aquisição da maior soma possível. O Banqueiro Anarquista, conto de uma actualidade surpreendente, publicado no n.º 1 da revista Contemporânea, tem conhecido um conjunto apreciável de edições e reedições ao longo dos últimos setenta anos, orgulhando-se a Assírio & Alvim da presente edição, organizada por Manuela Parreira da Silva, na qual se apresenta o texto de 1922, inserindo-se em apêndice os rascunhos deixados por Pessoa, de forma a que o leitor possa conhecer o texto na íntegra."

9 de março de 2010

NAUFRÁGIO(S)


O NAUFRÁGIO DO VAPOR " PORTO" - (barra do Porto em 29/03/1852)

8 de março de 2010

LITERATURA DE VIAGENS

"Um dos principais livros de viagens da literatura portuguesa e, sem dúvida, o maior escrito no último século, “As Ilhas Desconhecidas” de Raul Brandão (1867-1930) é o relato de uma longa digressão pelos arquipélagos dos Açores e da Madeira, entre Junho e Agosto de 1924. Uma época em que as paisagens, tradições, modos de vida e costumes insulares eram ainda muito pouco conhecidos no continente. É uma descoberta fascinante de mundos longínquos, exóticos e mágicos que Brandão descreve de forma intensa, apaixonada, num estilo fortemente visual e pictórico, transmitindo-nos a atmosfera, as cores sempre em mutação, os contrastes e o espírito dos lugares, as combinações múltiplas entre os quatro elementos: ar, água, terra, fogo.
De Lisboa ao Corvo – título, aliás, do primeiro capítulo do livro – resume a trajectória essencial entre o conhecido e o desconhecido, esse desconhecido que tem como pólo magnético a mais pequena ilha dos Açores, onde Brandão vai encontrar uma comunidade absolutamente singular no seu isolamento ancestral. Mas se o Corvo parece ser o principal centro da curiosidade e obsessão do viajante, a descoberta da Floresta Adormecida (ilha das Flores), da Ilha Azul (Faial) e da ilha negra do Pico, a pesca da baleia e o ambiente fabuloso do Atlântico Açoriano, as lagoas e jardins de S. Miguel acabam por ser envolvidos num idêntico fascínio e perturbação dos sentidos, como se o mistério da Atlântida desaparecida pairasse no ar e no fogo das origens vulcânicas das ilhas."

Fonte:http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/

7 de março de 2010

COISAS DE DOMINGO

"Uma das teorias sobre a origem da francesinha remonta aos tempos das invasões francesas: Os soldados franceses costumavam comer umas sandes com pão de forma e onde colocavam toda a espécie de carnes e muito queijo. Mas faltava uma coisa importantíssima que os portuenses imediatamente passaram a colocar nas ditas sandes – o molho.
No entanto, actualmente parece haver alguma unanimidade em dar os créditos da sua criação a Daniel David Silva, então empregado do
Restaurante A Regaleira na década de 1950. Tendo trabalhado em França, Daniel Silva criou a francesinha com base na tosta francesa, ou croque-monsieur, e daí o nome."

6 de março de 2010

SINGULARIDADES

"A Infanta Dona Adelaide tem hoje 98 anos e é uma Grande de Portugal. Pouco lhe importam as grandezas dos luxos que deleitam os simples de espírito ou aquelas outras que provêem de uma história familiar milenar. Pouco lhe importaram os vestidos, as festas ou os diamantes. A Infanta está imbuída daquela grandeza que só o materialmente desinteressado sentido do servir pode atribuir. Os monárquicos de Portugal – sem qualquer dúvida os derradeiros patriotas -, receberiam como um sinal de reconciliação, o reconhecimento oficial desta Senhora que foi – ela sim -, uma verdadeira Princesa do Povo. Neste país, não existe republicana que se compare a Dona Adelaide.Têm ultimamente surgido artigos e reportagens que procuram dar a conhecer a Portugal, uma vida plena de trabalho e dedicação à coisa pública. Mas agora, as palavras devem ser seguidas por actos que só podem enobrecer quem os praticar."
Fonte:Causa Monárquica.

3 de março de 2010

BIOGRAFIA

"D. Carlos I (1863-1908) foi o primeiro rei de Portugal a morrer de morte violenta depois de D. Sebastião, em 1578. Tinha 26 anos quando foi aclamado rei, a 19 de Outubro de 1889, e apenas 44 quando morreu, a 1 de Fevereiro de 1908. Era um homem independente, sensato e corajoso, capaz de suportar grandes pressões e de tomar decisões arriscadas quando se impunham. Morreu por causa das suas qualidades, não por causa dos seus defeitos."
Fonte:Ramos, Rui - D.Carlos, Editora Temas e Debates.