22 de setembro de 2017

Clássicos policiais


Sir Everard Dominey, aristocrata caído em desgraça, regressa das suas deambulações pela África Oriental de ocupação alemã como um homem redimido. Portador de uma elegância e de uma assertividade espantosas para os que o haviam conhecido, Dominey parece decidido a retomar o lugar na alta sociedade britânica, mas também na própria casa, de onde fora banido com ameaças de morte pela sua mulher enlouquecida.
Mas será aquele de facto Everard Dominey - ou antes o espião alemão Leopold von Ragastein, colega de Dominey em Eton e Oxford e a quem todos apontavam fortes semelhanças físicas ao britânico? Os dois ter-se-ão encontrado em África e um deles voltou. Resta saber qual e com que intenções.
Obra de intriga e suspense, tendo como pano de fundo o mundo da alta sociedade britânica nos dias que antecederam a Primeira Guerra Mundial, O Impostor foi uma das mais famosas histórias de espionagem escritas no início do século xx, assinada por aquele que foi um dos grandes precursores do género, E. Phillips Oppenheim. Fonte: Wook. 

18 de setembro de 2017

Postais


Em Setembro de 2004 o Sir John Costa que vive no East Sussex (Inglaterra) bem perto do local onde Sherlock Holmes na reforma se dedicou - e com imenso êxito - à apicultura, queixava-se do « british weather. Está terrível, chuva, frio e imenso vento.» Aludia ainda a um encontro mágico em Paris, «O Cunha foi visto pela última vez com o Leandro, regando as mandrágoras na tumba do Breton. Levavam um jarro de absinto.» 
Nota: o postal evoca os "Jardins do Eden" acrílico e lápis s/ tela, obra salvo erro do ano de 1997, cujo autor é o comum Amigo Fernando Veríssimo. 

13 de setembro de 2017

Eterno, Viriato!

Atribulações livrescas de um patriota, monárquico e anarco-conservador: Gostar imensos de livros e da sua Pátria. Vai enviar a um senhor de nome Juncker um livro com o título "VIRIATO". Ficará ele supostamente a saber que apenas um povo sobreviveu ao Império Romano. Ser português é do "caraças" meu prezado senhor.

Nelson Rodrigues



"Nelson Rodrigues é um mito do século XX brasileiro, e um dos escritores mais prolíferos e aclamados. Nasceu no Recife em 1912, mudando-se em 1916 para o Rio de Janeiro, cidade que seria o cenário privilegiado de toda a sua obra. Começou a trabalhar como jornalista aos 13 anos, logo na secção policial, num jornal fundado pelo pai, e nunca mais parou. Fez da crónica e da escrita um hábito diário e destacou-se em todos os géneros literários, pela qualidade e pela quantidade: escreveu 17 peças de teatro, nove romances e milhares de páginas de contos e crónicas, que mais tarde deram origem a várias edições de textos reunidos, assim como a adaptações para teatro, cinema e televisão. Idolatrado e odiado, politicamente conservador, Nelson Rodrigues tanto apoiou a ditadura militar brasileira como foi, mais tarde, defensor acérrimo das suas vítimas. Reaccionário assumido, desencadeou sempre sentimentos fortes, não só devido à sua obra como também à sua vida pública e privada. Morreu no Rio de Janeiro em 1980.
Além de escritor prolífico, com uma produção a todos os títulos espantosa, Nelson Rodrigues foi protagonista de uma vida extraordinária: pobreza, fome, cegueira, sucesso, doenças fatais e sucessivos golpes à sua vasta família trágica, desde homicídios a desastres naturais. Por seu lado, Ruy Castro é o grande nome da biografia no Brasil, respeitado romancista, historiador e jornalista, conhecido por investigar até onde ninguém antes alcançou. Escreveu livros também emblemáticos sobre Garrincha e Carmen Miranda. É deste encontro de forças desmedidas que nasce O Anjo Pornográfico, livro que reconstitui a assombrosa história de Nelson Rodrigues, desde a vida dos seus pais até ao momento da sua morte. A partir de entrevistas a 125 pessoas que conheceram o escritor, Ruy Castro segue o rasto das muitas obsessões que marcam também a obra de Nelson Rodrigues - sobretudo o sexo e a morte - e tenta resolver as muitas questões que pairam sobre a forte impressão que deixou: Génio ou louco? Tarado ou pudico? Reaccionário ou revolucionário? Raivoso ou apaixonado?"

7 de setembro de 2017

Torrão de Alicante


Numa região de Espanha (Catalunha) tradicionalmente libertária, o fundamentalismo independentista começou por proibir tradições, como o circo, acabando agora por uma "deputada" do Podemos recolher as bandeiras de Espanha, no parlamento catalão. De tanto proibir, vão acabar por enclausurar o que dizem defender — a liberdade e o regionalismo. Nota: não faltará muito, para que não permitam o torrão de Alicante na Catalunha, mas creio que às escondidas e fora de horas, o degustam nas suas próprias casas. Totalitarismo a quanto obrigas.

5 de setembro de 2017