
O que poderia ser apenas um romance policial transforma-se, assim, numa novela fascinada pela magia insular - por aquilo que é designado como «um dos últimos lugares do mundo», as ilhas açorianas - ‘atravessada pela biografia obscura’ controversa e fascinante do político assassinado, pelas razões e contradições da questão independentista e da autonomia insulares.
Crime em Ponta Delgada constitui o itinerário de um deslumbramento e de um abandono, tentando provar, ao longo das suas páginas, que são as coisas que não existem que, e uma forma ou de outra, melhor garantem a nossa sobrevivência. Ou seja, que é necessário criar ilusões para não morrermos."
Fonte:Wook.