23 de março de 2011

"Um cajo porreiro"

Dizer que Artur Agostinho ficará para sempre na galeria dos "incontornáveis", é de momento o que me ocorre. Gostei de ver/ler aquela sugestão para epitáfio: "um cajo porreiro". É essa a ideia que terei sempre deste português. Depois do reconhecimento em vida (raro nestas latitudes), existe ainda um detalhe que nunca esquecerei. No pós-25 de Abril de 1974 foi preso e optou pelo exílio. Quando do regresso (seis anos depois) nem uma palavra de rancor para com os algozes, que o haviam privado não só da liberdade, como do seu país. Pura e simplesmente perdoou os desvarios da revolução - estava na verdade muito acima de momentos efémeros. Hoje excepcionalmente (também) fui sportinguista.