9 de fevereiro de 2012

Futebolada em português suave

Esta semana festejo com o regresso dos "capas negras" à final do Jamor. É o retorno do charme aos grandes palcos do futebol, e um enorme reencontro histórico. Explico-me: historicamente é sabido que a final da taça de Portugal perdida pela Acádemica perante o Sport Lisboa e Benfica no distante ano de 1969, foi talvez o maior "comício" que o estado corporativo enfrentou. A coisa ao tempo foi de tal forma, que até houve "boicote" presidencial. Nessa época, «a festa foi bonita pá» - ainda que sem direito a transmissão televisa. Pura e simplesmente, não convinha.

Agora que a Briosa volta ao reencontro merecido com as primeiras páginas e "letras grandes" noticiosas, seria interessante fazer desse momento não só a verdadeira festa do futebol, mas ainda o olhar pensante, perante o caos e bandalheira, a que toda esta (não) democracia chegou.

Daqui a cem dias irei torcer pela Académica, e que gozo me daria voltar a ver um equipamento todo de branco, e com braçadeira negra: o luto de um povo, perante um regime falhado. Talvez a história se repita, ou talvez não.