7 de agosto de 2012

Precioso (não) segredo



"Salman Rushdie, Julian Barnes, Martin Amis, Doris Lessing, são alguns dos escritores do mundo literário anglo-saxónico que em 1996, quando este livro foi publicado, se fizeram ouvir a chamar a atenção para a sua importância. Joseph Mitchel, um dos grandes mestres do jornalismo nova-iorquino, tinha escrito as duas crónicas que compõe o livro - ambas para a mítica revista The New Yorker, numa secção de «Perfis» dos personagens mais variados e exóticos da cidade - com vinte e cinco anos de diferença entre elas: a primeira, «O Professor Gaivota», em 1942; a segunda, que dá o título ao volume, em 1964, sete anos depois da morte de Joe Gould.
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Numa das raras ocasiões em que o jornalismo se torna grande literatura, não só nos deparamos perante um autor de génio, como também deparamos com um fabuloso personagem - «o último boémio», como chama a Gould, que resgata o ideal romântico do escritor possuído pela sua obra - e um cenário único, o manancial de energia humana que era a Nova Yorque dos anos quarenta e cinquenta. O Segredo de Joe Gould é um livro para saborear linha a linha, para não perder o mínimo pormenor, para continuar a decifrar o seu rico significado, mesmo muito depois de ter acabado a leitura." Fonte: Wook.