31 de julho de 2013

Em português suave


(EX)CITAÇÕES

"Em pouco mais de 48 horas, algures no Atlântico, o mais alto magistrado da nação passou da salvação ao talvez, com passagem clandestina pela casa de partida da negação. Por muitos anos que viva não conseguirei perceber o que se passou - como é que alguém pensou que podia fazer xeque mate ao PS deixando sem imaginar o Rei Soares a esgueirar-se para dentro do tabuleiro. Na política, como no xadrez, é preciso saber as regras do jogo e, mais ainda, antever as jogadas do adversário." Fonte: Manuel Falcão, in A Esquina do Rio. 

OUTRAS CONVERSAS

"Tinha prometido a mim próprio que, para me proteger da melancolia, guardaria algum silêncio na morte de J.J. Cale, o músico que tem mais canções no meu iPod. Mas a sua música está quase toda ligada à minha vida, à memória dos melhores e piores anos e eu não podia deixar de ouvir ‘Anyway the Wind Blows’, ‘‘After Midnight’ e, sobretudo, ‘Magnolia’, ‘Magnolia’ sempre (“Whippoorwill’s singing/ Soft summer breeze/ Makes me think of my baby”). A lista é interminável para falar da comoção e da melancolia desse som (laid back: blues & rockabilly), do seu ar abandonado, poemas cantados nas varandas de casas de madeira à beira de estradas poeirentas, ‘jeans’, nevoeiro e uma guitarra admirável. J.J. Cale morreu este fim de semana, aos 74 anos, de um ataque de coração. Não havia canções como as suas, sempre a provocar ataques de coração. Teremos de ouvir e de dançar ‘Magnolia’. Teremos sempre a sua voz." Fonte: Francisco José Viegas, in A Origem das Espécies.

UM LIVRO

Crime Perfeito, por Dorothy Sayers. Nº. 28 da Colecção Vampiro - Os Mestres da Literatura Policial - Edição Livros do Brasil, Lisboa.

MÚSICAS