30 de outubro de 2008

" ASSASSINOS ESCONDIDOS "

Pego no título do último livro do escritor britânico Robert Wilson, editado por cá pela Dom Quixote para comentar os acontecimentos da manhã de hoje em Pamplona. Uma vez mais, depois de um telefonema segundo se crê feito pela E.T.A. rebenta um " coche bomba ". Desta vez o alvo foi a Universidade de Navarra, em Pamplona. Este conflito que se arrasta desde o Franquismo aos dias de hoje na Espanha das autonomias e democracia,têm subjacente uma forte identidade regional, autonómica, mas trás também a semente do autoritarismo e da violência por parte da ETA. Após uma cisão verificada no tradicional Partido Nacionalista Basco ( PNV ) este grupo denominando-se como de apelo à total independência da Pátria Basca, opta cada vez mais de forma déspota e singular em consonãncia, com o que na verdade são: Assassinos escondidos! Atiram em deputados e vereadores municipais, colocam bombas em Aeroportos, assassinam polícias bascos e de outras autonomias, armadilham cartas que rebentam nas mãos de intelectuais, intimam empresários a liquidarem o imposto revolucionário, assassinam pura e simplesmente pessoas. Pouco mais se pode dizer destes " Talibans " dos Pirenéus. Desta vez a bomba foi colocada numa Universidade. Percebe- se o porquê! Ali reside a palavra, ali se discute o pensamento, ali se confrontam ideias. Em definitivo, a ETA e os seus dirigentes "revolucionários", não sabem e não podem conviver com a Democracia, logo também com a Autonomia Basca. Gosto da Pamplona de H. Hemingway, gosto de Bilbau e da Feria del Toro, gosto muito daquela região, por ali comi o melhor " chuleton de ternera " que algum dia me foi dado a provar, mas sinceramente, não aceitaria viver perto destes Assassinos Escondidos.